sexta-feira, 15 de julho de 2016

VER PERNAMBUCO + NA CAPOEIRA

FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA AXÉ IÚNA NA CASA DA CULTURA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO BRASIL 
As diferentes etnias e povos vindos do continente africano, trouxeram grandes contribuições para o Brasil no aspecto cultural.

Com eles foram trazidas as diversas palavras de idiomas vindos de diferentes tribos e etnias provenientes da Africa. Que com o decorrer do tempo, assimilaram o Brasil como sua nova terra. E decidiram coabitar aqui, dando sua contribuição nos aspectos tradicionais, que existem hoje.
FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA AXÉ IÚNA NA CASA DA CULTURA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO BRASIL 

Com o constante processo de aproximação e miscigenação do povo brasileiro. As diferenças linguísticas foram se distanciando. Esse processo foi acontecendo no decorrer dos séculos, e fazendo com que as palavras fossem assimiladas, e utilizadas no cotidiano. Os diferentes idiomas oriundos do continente africano, tornaram se parte integrante e conciliadora. Para se ter uma maior aceitação na sociedade.  Fazendo parte do vocabulário popular, da linguá portuguesa falada no Brasil.

Com as batalhas travadas entre os portugueses, e holandeses em Pernambuco. Os escravos acabaram tendo uma oportunidade e tempo. Para que pudessem executar seus planos de suas respectivas e futuras fugas. E sendo assim, para tentar adquirir liberdade. E com saudades de sua terra natal levar com eles suas tradições religiosas, vocabulários, danças, técnicas de combate corpo a corpo e culinárias. Que na época da escravidão não eram muito aceitas. Mas, que seriam posteriormente passadas para outas classes da sociedade brasileira.
FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA AXÉ IÚNA NA CASA DA CULTURA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO BRASIL 

Estando longe da repressão e de seus algoses e senhores. Algumas tribos acabaram desenvolvendo em seus isolamentos meios, e suas próprias características culturais. Sendo assim, criadas novas tradições e costumes. Que posteriormente seriam passadas de geração a geração. Tribos como Iorubas e Bantos tinha contanto constatante nas senzalas.


Com o decorrer do tempo os negros adquiriram novos hábitos, e modificaram os seus próprios costumes. Dando uma contribuição de valor inestimável, para a cultural brasileira. No processo de desenvolvimento e aceitação de suas raízes étnicas e miscigenadas. Muito tempo se passou para que se obteve se uma real aceitação na sociedade.
FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA AXÉ IÚNA NA CASA DA CULTURA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO BRASIL 

Passando novos  hábitos para seus patrícios e senhores. Que a principio não viam com bons olhos a aceitação de costumes de outros povos. Com isso as artes de defesa e filosofia dos antigos mestres foram usadas de maneira dissimulada, nas tribos Bantos. E introduzidas por intermédio da Capoeira nos estados de Pernambuco e da Bahia.

Com as fugas dos canaviais tornavam se meios de esconder se de seus algoses. E eram usados como meios de despistar seus perseguidores.

Quando notava se que algum escravo estava fora dos domínios da propriedade, ou não estavam em seus aposentos coletivos. Os encarregados de mante los sobre seus domínios e castigos montavam em seus cavalos. E empreendiam uma caçada muitas vezes noite a dentro. Alguns escravos para ajudar seus companheiros na fuga queimavam um lado do canavial. Em quanto os seus camaradas fugiam pelo lado oposto, ou mesmo por dentro das chamas, arriscando suas vidas.

FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DO CANAVIAL EM PAUDALHO PERNAMBUCO BRASIL 

Os canaviais eram seus lugares de tortura e de trabalho forçado. Mas , serviam tanto de dia como de noite como um meio de empreender suas fugas.  Eram como um meio de se esconder antes de ir para as florestas, e posteriormente ter abrigo e proteção nos quilombos que eram pequenas comunidades de diferentes etnias fugidas de seus dominadores. As fugas eram constantes, e muitos escravos seguiam, sentido dos matos e seguindo a trajetória dos rios. E constantemente escondendo se para não serem descobertos.

Quando podiam a noite assediam uma fogueira para fastar o frio e os insetos. Mas, em grande parte das vezes não o faziam. Para evitar que seus perseguidores encontrassem sua localização. Como os donos de engenho pagavam preços altos pelos seus cativos. Novos ,oficios foram criados voltados especificamente, para a função da captura dos escravos fugidos.
FOTO TIRADA POR FRANCISCO MONTEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA AXÉ IÚNA NA CASA DA CULTURA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO BRASIL 

Estes homens eram chamados de Capitães do Mato. Eles possuíam um treinamento em técnicas de captura, perseguição e rastreamento. Utilizavam se de cavalos como meio de deslocar se mais rápido pelo mato aberto. E por muitas vezes, de outros escravos torturados. Costumavam se utilizar dos  escravos  capturados para serem informantes, das localizações dos fugidos, e como exemplo para os que ficaram nos engenhos.

Esgotados fisicamente, desprovidos de mantimentos, armas e fisicamente debilitados os escravos começaram a desenvolver uma técnica de combate compor a corpo, baseada na observação dos movimentos de defesa e ataque dos animais.  E utilizando se de nomes de ferramentas de seus oficios como Martelo, chave e foice. E como viviam com constante contato com os animais, foram criados golpes baseado no movimento dos animais, como por exemplo:  escorpião, sapo etc. Com suas bases chamadas de jinga, que tem o ponto de gravidade baixo, e portanto mantando o lutador bem equilibrado e próximo do chão.

Com os olhos atentos e voltados para os movimentos dos possíveis agressores, o capoeirista como começou a ser chamado o lutador e praticante de Capoeira, se utilizava dessas técnicas de combate como um meio de diminuir as desvantagens nas perseguições, e aumentar a união e camaradagem entre os seus patrícios e de outros grupos.

Os golpes eram desconhecidos pelos colonizadores europeus, pois os negros se utilizavam de técnicas, dissimuladas com malicia e os movimentos se utilizavam de elementos como a terra e o ar.  Eles executavam golpes tanto no chão como no ar, fazendo com que seus movimentos focem imprevisíveis e grande eficiência para lutar contra mais de um agressor ou perseguidor.

Os movimentos com grande agilidade como por exemplo : esquivas, chutes, saltos, chaves e de grande velocidade, fazia com que os campos abertos se tornassem um local batalhas sangrentas e perigosas para ambos os lados. A luta ganhou o nome de Capoeira justamente por causa dos locais onde eram treinados os golpes. As capoeiras eram clareiras nas matas ou nas praias, que eram  utilizadas como centro de encontros entre as tribos. Muitas vezes estes locais desmatados ou seja as capoeiras eram um local de confraternização no final do dia de trabalho ou quando tinham alguma folga.

Os senhores de Engenho logicamente que não gostavam de ver seus cativos treinando Capoeira. Pois temiam rebeliões e uma certa forma de motim motivado por um patriotismo pela nova terra, no qual foram trazidos. E temiam que lideres capoeiristas fossem vistos como exemplos de força e luta contra seus senhores. Também temiam ver seus escravos treinando Capoeira pois poderiam se machucar, e isso era considerado prejudicial no trabalho.

Os escravos eram pagos com uma grande quantia pelos mercadores de escravos. E ter um trabalhador a menos entre os seus escravos, era algo prejudicial na mão de obra do campo e custoso em cuidados com sua recuperação. Os negros capoeiristas com o decorrer do tempo começaram a ganhar respeito e prestígios entre os seus. E começaram a passar  arte de combate para outros de seu grupo, e crianças
 foram se aprimorando nas técnicas e ensinamentos e assim a Capoeira foi se expandindo pelo nordeste do Brasil, e posteriormente chegou no estado do Rio de Janeiro. No qual teve grande expansão nas senzalas.

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